DOSAGEM DA PCR NA AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR

DOSAGEM DA PCR NA AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR

A Proteína C-Reativa (PCR) é uma das moléculas mais estudas atualmente, se caracteriza como um marcador inflamatório e um forte preditor independente de avaliação de risco para eventos e morte cardiovascular que, através de sua interação com os fatores de risco clássicos, pode também levar a alterações do perfil pró-aterosclerótico do paciente.

A dosagem da PCR é usada na prática clínica como um marcador de fase aguda, identificando atividade de processos inflamatórios e/ou necróticos. Tem sido recomendada a dosagem seriada da PCR em intervalos de tempo variáveis, dependendo da doença em questão, pois seus níveis séricos refletem a resposta ao tratamento ou a evolução clínica em várias doenças.

Nas últimas décadas, mais de 30 estudos epidemiológicos demonstraram que essa proteína está associada ao aumento do risco cardiovascular. Uma vez que o processo inflamatório faz parte da evolução da doença aterosclerótica, a mensuração desse biomarcador faz-se necessária como marcador de risco para eventos cardiovasculares em conjunto com controle dos fatores de risco clássicos, constituindo assim estratégias para sua redução tanto em prevenção primária quanto em secundária.

Vários estudos prospetivos, realizados em indivíduos aparentemente saudáveis, mostraram que níveis elevados de PCR Ultra-sensível (PCR-hs) se correlacionam positivamente com o risco de morbilidade e mortalidade cardiovascular. A PCR-hs contribui na avaliação de risco cardíaco e sua dosagem como marcador de doença aterosclerótica tem sido amplamente estudada.

Quando os marcadores de risco coronariano são avaliados isoladamente, a PCR-hs é o exame que apresenta mais valor preditivo positivo. Esse valor é mais alto quando os níveis de PCR-hs são associados à taxa do colesterol total divido pelo HDL (TC/HDL). Outra utilidade clínica possível é o monitoramento do uso de medicamentos, como estatinas e ácido acetilsalicílico, na prevenção de doença coronariana. Alguns estudos mostraram redução da incidência de eventos coronarianos em pacientes com valores elevados de PCR-hs quando estes usaram tais drogas.

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